A Esperança da Caixa de Pandora

Apesar de todo o caos ela existe!

Zona de conforto

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A grande verdade é que as pessoas não gostam de sair da sua zona de conforto. Elas delimitam um espaço e nele permanecem com suas certezas, ideais, conceitos, sujeitos, verbos, predicados e interjeições. Acostumam-se com o cotidiano de suas perspectivas e ali permanecem inalteradas.

Talvez hoje em dia o mundo esteja cheio de facilidades, mas não consigo entender a falta de esforço para se alcançar determinadas coisas. A falta de garra ou então uma simples demonstração de interesse já seria o suficiente para transformar o entusiasmo em um caminho concreto para a realização.

Tudo é muito conveniente e uma grande demonstração de sorrisos amarelos e cumprimentos politicamente corretos. Ninguém ousa desafiar os limites, ir além do programado e do pré-estabelecido. Estacionam naquela zona de segurança, quietos e impassíveis, esperando tudo cair no colo.

O que se ganha com isso? Qual a lucratividade desta inércia? Estou sendo muito dura ou isso são apenas reflexos de traumas adquiridos ao longo da jornada? Acho que não. Acredito que mesmo com os tombos deve-se continuar tentando e buscando algo a mais e nunca sentar e esperar as coisas acontecerem.

As pessoas jogam a responsabilidade para terceiros esquecendo-se da sua parcela de contribuição nos acontecimentos do universo. O não movimento também é um movimento e isso pode ser muito bom em alguns momentos, porém dependendo da situação pode ser um desperdício de tempo.

Isso sem falar na falta de foco. É muito conveniente estar perdido. É muito conveniente esperar por uma resposta. É muito conveniente dispersar porque é mais fácil e assim espera-se não ser cobrado. Ledo engano de uma ilusão ingênua sobre hierarquia.

A zona de conforto é um cercadinho erguido pelo medo, pelas aflições, pelas frustrações. Não ache que isso é uma forma natural de proteção, uma seleção natural. Isso nada mais é do que a incapacidade de tomar decisões, enfrentar os fatos e ter atitudes condizentes com a realidade em volta.

Infelizmente o mundo está cheio de conveniências, de zonas de conforto, hipocrisias organizacionais, dos socialmente corretos e suas filosofias pagas de festas beneficentes para socialites, dos que pensam sustentável por ocasião e aqueles que dizem eu te amo como se fosse bom dia.

A grande verdade é que a conveniência é usada como desculpa altruísta e ela nada mais é que um estado primitivo da covardia velada.

Written by Babi Arruda

13/01/2011 às 10:11

5 Respostas

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  1. Bom, eu sempre gosto muito dos seus textos, mas esse ….. Foi incrível, vou indica-lo para algumas pessoas ler … E até o ano passado eu vivia na zona de conforto, por conta de traumas e etc, só que durante um tempo refleti e agora estou mudando e tomando atitudes.
    Gostei muitíssimo! 😉

    Carla Cavalcante

    13/01/2011 at 10:21

    • Você não é a única que vive na zona de conforto. A maioria das pessoas vivem assim, em alguma instância. O importante é ter consciência e coragem para mudar, para sair do conveniente 😉

      Mto obrigada querida ^.^

      Beijocas

      Babi Arruda

      13/01/2011 at 10:28

  2. As vezes nos acomodamos tanto que é preciso de uma verdadeira revolução para sairmos da zona de conforto. O primeiro passo, eu penso, é identificar que se está nela. Muito bom o texto #meau.

    Thiago Peixoto

    13/01/2011 at 13:25

    • Vc está usando minha escala de apreciação textual #meau: excelente, ótimo e mto bom? rssssss

      Se sim já vi que terei que me empenhar mais no próximo post =P

      Identificar a inércia que é a questão. Na maioria das vezes fechamos os olhos e vivemos do imaginário que conforte nosso ego.

      Obrigada…beijão!

      Babi Arruda

      13/01/2011 at 13:37

  3. Novamente um aforismo perfeito pra seu texto:
    “Todos reclamam reformas, mas ninguém se quer reformar”
    Marquês de Maricá

    Se você não for lá fora e mudar e fazer o que você quer não poderá nunca reclamar de quem foi, muito menos de quem não foi.

    Muito bom post!

    Beijos!

    Pacha Urbano

    19/01/2011 at 14:21


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